terça-feira, 29 de setembro de 2009

Inversão de Valores

Outro dia, vi uma matéria no jornal que, confesso, me deixou preocupado. Houve um incidente em um ônibus em guarulhos. Um guarda civil reagiu à uma tentativa de assalto dentro do ônibus, houve troca de tiros; um passageiro morreu e outro ficou ferido. A mídia fez matérias e mais matérias a respeito da "irresponsabilidade" do guarda civil. Longas discussões foram feitas a respeito do direito (direito?) da Guarda Civil carregar armas ou não. Na minha opnião o que temos é um caso de inversão de valores; muito falou-se do guarda, mas nada - repito em letras garrafais - NADA foi questionado em relação ao meliante. O que houve? A sociedade já se acostumou a barbárie? Isto é, o assaltante está no lugar dele, essa é a função que lhe cabe. Nós já esperamos que ele venha assaltar, e temos que de boa vontade abrirmos nossas carteiras, entregarmos nossas senhas do banco e deixar que leve tudo. Agora, o membro de uma corporação (cuja função é garantir segurança ao Estado) que tenha vontade em impedir é que está fora de seu lugar. Um guarda civil deve tão-somente preocupar-se com pixações em muros, depredações em praças, não com o ser humano. Ele - o guarda - agiu precitamente, isso é fato. Não seria então melhor prepará-lo, afinal ele tem - ainda - vontade de lutar contra o crime, do que rechaçá-lo? Ao criar esse levante contra a GCM a mídia justifica e autentica o poder do crime contra a sociedade.




PS: "Em vez de luz, tem tiroteio no fim do túnel"

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